O Congresso Nacional aprovou o reajuste em dezembro do ano
passado, como forma de compensar a desvalorização do Real diante da inflação do
último ano. Em 2022, o valor era R$ 1.212,00.
O governo Bolsonaro chegou a propor R$ 1.302,00, mas durante
os debates no Congresso Nacional, a Consultoria de Orçamento do Senado apontou
que o valor proposto seria suficiente apenas para repor as perdas
inflacionárias do período, não representando nenhum ganho real para quem tem
sua fonte de renda atrelada ao mínimo. Depois disso, senadores e deputados
federais aprovaram o Orçamento Geral da União para este ano com o mínimo de R$
1.320,00.
O reajuste com 2,7% de ganho real, ou seja, superior à
inflação do último ano, ampliará as despesas federais em cerca de R$ 6,8
bilhões. Isto porque as aposentadorias administradas pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e vários benefícios sociais e trabalhistas, como o
seguro-desemprego, abono do PIS/Pasep, o Benefício de Prestação Continuada
(BPC) e outros, são atrelados ao piso nacional, tendo que ser corrigidos.
Valorização
Já as centrais sindicais reivindicavam que o governo federal
voltasse a aplicar a Política de Valorização do Salário Mínimo, conforme os
termos pactuados em 2007 e abandonados em 2019. Com isso, o piso deveria ser de
R$ 1.342,00, contemplando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) – que, em 2022, atingiu 5,8% -, mais o crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) de dois anos antes – 4,6% em 2020.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Socioeconômicos (Dieese), em novembro último, o salário mínimo
necessário para satisfazer as necessidades básicas (alimentação, moradia,
vestuário, educação, higiene, transporte, lazer e previdência) de uma família
com quatro pessoas deveria estar em torno de R$ 6.575,30.
Fonte: Agência Brasil