Em votação relâmpago, a Câmara dos Deputados aprovou há pouco
um decreto legislativo que eleva para R$ 46,3 mil o salário para presidente da
República, ministros de Estado, deputados federais e senadores. A remuneração
será equiparada ao teto dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que
subirão para R$ 46,3 mil com a aprovação de outro projeto.
A votação ocorreu de forma simbólica, em que os votos não são
registrados nominalmente. Apenas o PSOL, o Partido Novo e alguns deputados de
outras legendas se opuseram ao reajuste. Mais cedo, os deputados aprovaram
regime de urgência para reajustes do Judiciário, do Ministério Público Federal
e da Defensoria Pública da União.
Para virar lei, os aumentos precisam ser aprovados pelo
Senado, em votação que está prevista para ocorrer nesta semana. Segundo o
Congresso Nacional, as quatro propostas que elevam salários têm impacto de R$
2,5 bilhões no Orçamento de 2023, montante que já estava previsto no projeto do
Orçamento do próximo ano.
Atualmente, o teto do funcionalismo público corresponde ao
salário de ministros do STF, que recebem R$ 39,2 mil. O presidente da República
ganha R$ 30,9 mil por mês; e os deputados federais e senadores, R$ 33,7 mil. O
projeto aprovado hoje prevê um aumento escalonado em cinco parcelas, até 2026.
Para os ministros do STF, cujo aumento está sendo discutido
em outro projeto, o aumento para R$ 46,3 mil será dividido em quatro parcelas,
até 2024. A última vez em que houve
aumento para os ministros do STF ocorreu em 2015. Para o Congresso e a cúpula
do Poder Executivo, o último reajuste salarial foi em 2014.
Fonte:
Agência Brasil