Quem tem
entre 20 e 49 anos tem até o dia 31 de agosto para se vacinar na quarta etapa
da Mobilização Nacional de Vacinação contra o Sarampo, do Ministério da Saúde.
A vacina está disponível em 43 mil postos de saúde de todo o País e é a
principal medida de prevenção e controle contra a doença.
São mais de
90 milhões de pessoas nesta faixa-etária. Até o dia 15 de julho, apenas 4,2%
desse público-alvo havia sido vacinado. Por isso, o ministério alerta sobre os
riscos da doença e a importância da imunização.
O sarampo é
uma doença grave, especialmente para as crianças, e de alta transmissibilidade.
De acordo com o Ministério da Saúde, uma pessoa infectada pode transmitir para
até outras 18 pessoas. A disseminação do vírus não precisa de contato direto,
pois ocorre por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Os sintomas
são manchas vermelhas no corpo e febre. A doença pode trazer complicações como
pneumonia e infecção de ouvido e, nas crianças, pode causar encefalite e levar
a morte.
Dados do
Ministério da Saúde mostram que, neste ano, até 27 de junho, foram confirmados
5.642 casos de sarampo em 21 estados. Até essa data, o Brasil permanecia com
surto de sarampo nas cinco regiões, com 11 estados com circulação ativa do
vírus.
Cuidado desde cedo
Nas outras
etapas da Mobilização Nacional de Vacinação contra o Sarampo, foram imunizadas
crianças de seis meses até os adultos de 29 anos. A historiadora Letícia
Barreto tem uma filha de um ano e oito meses, Elis Regina, e mantém a caderneta
de vacinação em dia. Logo nos primeiros dias de vida da filha, ela procurou o
posto de saúde para dar as vacinas e conta que recebeu orientação dos
profissionais sobre a importância da imunização.
Vacinação na pandemia
A vacinação
contra o sarampo é uma estratégia para interromper a transmissão e eliminar a
circulação do vírus no Brasil. Por isso, mesmo com a pandemia do novo
coronavírus, o Ministério da Saúde orienta as pessoas entre 20 e 49 anos a
participarem da mobilização nacional e se vacinarem.
Foram
enviadas aos postos de saúde 4,3 milhões de doses de vacina, além do
quantitativo disponibilizado para o atendimento de rotina.
Mitos sobre a vacinação
As vacinas
são importantes para a saúde, mas ainda há muitos mitos sobre elas que precisam
ser derrubados.
Um deles é
que as vacinas têm efeitos colaterais de longo prazo que ainda são
desconhecidos e podem até ser fatais. O Ministério da Saúde esclarece que as
vacinas são seguras e, a maioria das reações são pequenas e temporárias, como
um braço dolorido ou uma febre ligeira. Já sem a imunização, se uma pessoa contrai
sarampo pode ter como consequência, por exemplo, encefalite e cegueira.
Outro mito é
que as doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas do País, por isso
não há razão para a vacinação. De acordo com o ministério, embora as doenças
evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes
infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo.
Desde 2005, por exemplo, na Europa Ocidental ocorrem focos de sarampo em
populações não vacinadas.
Também não é
verdadeiro que é melhor ser imunizado por meio da doença do que por vacinas. O
Ministério da Saúde informa que as vacinas interagem com o sistema imunológico
para produzir uma resposta semelhante àquela produzida pela infecção natural,
mas não causam a doença ou colocam a pessoa imunizada em risco de possíveis
complicações.
Fonte: Governo do Brasil